Rui ‘Riot’ Pité
Do Bairro
ao Cais
Do Bairro ao Cais é a minha visão de um percurso que tem marcado a minha vida de músico ao longo dos anos. Mais do que um ponto no mapa, trata-se de uma linha na cidade. Viagem que, durante mais de 10 anos fiz várias vezes, quase como se tratasse de uma Rota da Música em Lisboa.
A minha peça começa de dia, no Bairro alto, e vai dando a conhecer os sons e a luz que esta parte da cidade tem. Uma espécie de calma no meio do caos citadino. Fadistas que vão afinando as suas guitarras, turistas que passam e tiram fotos e até vendedores ambulantes africanos a vender os seus colares e kalimbas.
Mais tarde, o Bairro prepara-se para receber as pessoas que querem começar a noite com um copo e talvez até ficar para jantar.
Aqui começa uma viagem musical mais acentuada. Música ambiente, muita conversa e o tempo voa até ao próximo bar de música ao vivo.
Mas a noite pede sempre mais e assim que o Bairro começa a adormecer, está na altura de começar a romaria, rua baixo até ao Cais do Sodré. Dos anos 80 até ao Jungle passando pelo Reggae, há de tudo para todos. Comida, bebida, strip, música bem alta, a noite fica caótica, da melhor maneira possível.
Até vir o dia
de novo.
Bio
Rui Pité, de nome artístico RIOT, começou a sua carreira como baterista numa banda de garagem,já então em parceria com João Barbosa (membro fundador dos Buraka). Em 1998, numa festa, ouve Drum & Bass pela primeira vez e a eletrónica entrava para nunca mais sair. Riot e Branko entraram para a Cooltrain Crew, o mais antigo coletivo nacional de Jungle/Drum & Bass,tendo tocado e produzido música até à explosão internacional do fenómeno Buraka Som Sistema, que passou a ocupar grande parte das suas vidas.
Em 2008 nasce pela sua mão a Faster Music, a primeira editora nacional de Drum & Bass, Dubstep, e tudo relacionado com a cultura do Baixo. Esta procura pela linha de baixo perfeita fez com que, por volta de 2013 e em conjunto com os seus colegas de Buraka Som Sistema, chegaram ao desenvolvimento de mais um género musical baseado nas sonoridades zouk das antilhas e da kizomba da África de expressão portuguesa
O fenómeno pegou e chamaram-lhe Zouk Bass - realidade que desenvolve paralelamente ao projecto Buraka Som Sistema.
